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Uma arte das aparências, das aparições. De coisas e relações, de encontros e esquecimentos, mas sobretudo uma arte das aparições. Para os gregos, aquilo que aparece, o não-esquecido (aletheia), seria próximo do que hoje entendemos como verdade. Mas isso que tão simplesmente "aparece" resta também condicionado por aquilo que logramos ver — e aí, claro, reside um mistério. Caminhos pisados, muitos inconscientemente; por outro lado, ver não vem pronto, nunca está pronto. Gesto em processo, é janela, horizonte, além de um habitat. Tal como desenhar, ver é caminho — e a experiência única de percorrer: a cada vez aberta e limitada, lenta e repentina, estranha e familiar, precisa e imprecisa. Um passo adiante, no meio do mundo, a mesma visualidade implica o corpo e o lugar. A propósito, a imaginação é um lugar? (set.2025)
Pouco além dessa roça, ele disse. Assim, pequenininho. Não mais. Há quem vague dia e noite sem chegar a despertar. Ainda assim, algumas paisagens chamam, chamam. Quando se dá conta, está dentro. Primeiro dia. (nov.2025)




































